In Sol Online (27/9/2007)
Por Margarida Davim
«A Câmara de Lisboa aprovou, esta quarta-feira, a proposta de António Costa que autoriza o presidente a negociar com o Ministério da Saúde a cedência a título gratuito de terrenos no Parque da Bela Vista para a instalação do novo IPO
António Costa vai poder negociar com o Ministério da Saúde a cedência de terrenos para manter as instalações do Instituto Português de Oncologia em Lisboa.
O presidente da Câmara apresentou, esta quarta-feira, uma proposta que disse considerar essencial para se sentir «mandatado» para negociar com o Governo em nome do município.
«Eu diria que é uma autorização intercalar para saber se tenho luz verde para prosseguir as negociações», explicou Costa, lembrando que depois desta fase a Câmara e a Assembleia Municipal terão ainda de se pronunciar sobre a cedência propriamente dita.
A proposta – votada favoravelmente pelo PS, BE e PSD – acabou, contudo, por ser votada em alternativa com um outro texto apresentado por Helena Roseta.
A proposta dos Cidadãos por Lisboa só conseguiu, porém, o apoio dos vereadores do movimento Lisboa com Carmona, optando o PCP por não participar na votação.
Helena Roseta explicou a sua oposição ao texto apresentado por Costa e Sá Fernandes, dizendo que não se conforma com a ideia de o IPO abandonar as instalações que agora ocupa em Palhavã, mostrando-se preocupada com o futuro que a Câmara e o Governo irão dar ao espaço e com a «perda de identidade» daquela zona da cidade.
Manuel Salgado, vereador do Urbanismo, lembrou durante a apresentação do projecto que o que está a acontecer é «uma competição entre ofertas de terrenos» feitas pelas Câmaras de Lisboa e Oeiras. Recorde-se que Isaltino Morais já se disponibilizou para ceder gratuitamente terrenos em Oeiras para receber o IPO.
Para Sá Fernandes, «o ganho de manter o IPO na cidade é inquestionável», pelo que a solução encontrada «é a melhor», sobretudo porqueo vereador do BE com o pelouro dos Espaços Verdes garante que a cedência de uma parte do Parque da Bela Vista «não vai fazer a cidade perder área verde» e que tem ainda a vantagem de «permitir ligar Chelas ao resto da cidade através de uma ponte pedonal e de uma ciclovia».
Manuel Salgado considera que Chelas vai ganhar com a construção do novo parque da saúde que acolherá o IPO – mas também uma unidade hoteleira, um centro de apoio psicológico e um centro de investigação –, já que «aquela zona necessita de equipamentos de alto valor».
O arquitecto recorda ainda que o local é o ideal, por ter «acessos de excepção», que incluem o metro, o comboio e futuramente também o TGV.
Sem querer avançar com o destino que será dado aos terrenos onde actualmente está o IPO, junto à Praça de Espanha, Salgado admite apenas que «não se exclui a possibilidade de os mesmos vierem a ser urbanizados»
Estas últumas afirmações é que são para pensar: «urbanizados»? «TGV»?
Thursday, September 27, 2007
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