Tuesday, March 30, 2010

Mais uma: Vodafone constrói hotel no recinto do Rock in Rio Lisboa

Rock in Rio é o patrocínio com a maior fatia do orçamento de comunicação da operadora: cerca de 10%.
Ir ao Rock in Rio e dormir no recinto mas no conforto de um quarto de hotel. É esta a proposta do Vodafone Hotel, a maior novidade com que a operadora de telecomunicações vai estar presente no próximo festival no parque da Bela Vista.
Mas este hotel tem ‘check-in' reservado aos clientes da marca e vencedores de um passatempo que arranca em Abril. A "chave" será entregue a quem encontrar uma carrinha completamente descaracterizada mas que recria no interior um quarto do hotel. Para a encontrar, os concorrentes têm de seguir as pistas dadas ao longo do dia no ‘site' do evento.
Patrocinadora do festival desde a primeira edição, em 2004, uma das preocupações da Vodafone é criar acções diferentes dos outros patrocinadores, para capitalizar o investimento no patrocínio. Dados da Memorandum cedidos pela Vodafone revelam que em 2006, no primeiro fim-de-semana do evento, o ‘top of mind' foi liderado pela Vodafone, com 34%, um valor que se aproximou dos 100% no conjunto dos dois fins-de-semana. Em 2008, e ainda segundo a mesma fonte, a operadora voltou a liderar o ‘ranking' de notoriedade.
António Carriço, director de marca e CRM da Vodafone, não revela o investimento neste patrocínio que se mantém inalterável desde 2004. "É o investimento em que apostamos mais e para onde vai cerca de 10% do orçamento de comunicação. É um investimento pesado mas que compensa muito", garante António Carriço.
A pouco menos de dois meses do Rock in Rio, a Vodafone já definiu a presença dentro do recinto. O Best Seat Vodafone - espaço com vista privilegiada para o palco mundo onde os vencedores da Corrida de Sofás têm tratamento VIP - bem como a Fábrica de Sofás, estão de regresso. E há ainda a Yorn Head, onde os participantes recebem um prémio ou um castigo, uma loja para venda de produtos e demonstração de serviços, bem como seis pontos de ‘bluetooth', que servem de ponto de encontro ou de informação.
Nos planos da operadora está o lançamento de duas campanhas publicitárias - uma para dar a conhecer o Vodafone Hotel com a assinatura "Adormece com o Rock in Rio Lisboa", e outra para a Corrida de Sofás. Será também desenvolvida uma campanha específica associada a equipamentos vocacionados para a música e comercializados em exclusivo pela Vodafone, bem como uma campanha em ‘mupies' nas estações de Metro a assinalar a estação da Bela Vista, que estará decorada com materiais da marca.
Outra das novidades é o serviço de ‘mobile ticketing', que permite comprar e receber os bilhetes no telemóvel, e garante o acesso ao recinto por uma entrada exclusiva.
in Diário Económico

Thursday, March 25, 2010

Transferência do Instituto Português de Oncologia para Chelas está suspensa

In Público (25/3/2010)
Por Ana Henriques

«Razões financeiras ditam permanência da unidade de saúde junto à Praça de Espanha. Quanto ao último troço do túnel do Marquês, falta mais de um ano

Red Bull sem apoio

A anunciada transferência do Instituto Português de Oncologia para o Parque da Bela Vista, em Chelas, está suspensa por questões financeiras, foi ontem anunciado na Câmara de Lisboa. O Ministério da Saúde não confirma. "Não há nenhuma decisão sobre a matéria", assegura a porta-voz deste organismo, Cláudia Borges.

Foi na resposta a uma pergunta do vereador comunista Ruben de Carvalho, durante a reunião de câmara, que o presidente da autarquia, António Costa, deu a novidade. "Perguntei se a realização do Rock in Rio no Parque da Bela Vista até 2014 não iria entrar em conflito com a transferência para ali de instalações hospitalares. Respondeu que o projecto estava suspenso, aparentemente por causa do Programa de Estabilidade e Crescimento", contou o autarca do PCP. O vereador dos Espaços Verdes, José Sá Fernandes, confirma: "Reservámos terreno para o IPO, mas já percebemos que não o vamos ter ali pelo menos nos próximos quatro anos."

A alternativa passará por ampliar e remodelar as instalações de sempre do IPO, junto à Praça de Espanha. Ao final do dia, António Costa emitiu um comunicado segundo o qual "o Governo não comunicou oficialmente à câmara" a suspensão da transferência. "Na sequência de contactos informais com o Ministério da Saúde sobre aquela matéria, o presidente da câmara constatou que se afigura a hipótese de a transferência poder não ocorrer, e que o IPO poderá resolver o seu problema de instalações mantendo-se na sua actual localização, em Palhavã. Contudo, nada passou disso mesmo, hipóteses", refere o mesmo comunicado, acrescentando que "a referência ao PEC evocada [sic] pelo vereador Ruben de Carvalho foi um exercício de ironia".

Tal como no caso do IPO, adiada está também a abertura do último troço do túnel do Marquês, que desemboca na Av. António Augusto de Aguiar. "Falta seguramente mais de um ano para termos a obra concluída", informou também ontem António Costa. Depois de uma série de conflitos, a autarquia e o empreiteiro chegaram a um acordo em que a câmara se compromete a pagar 18,1 milhões de euros relativos aos trabalhos já feitos, mais 356 mil euros pela conclusão da obra. É agora preciso esperar que o tribunal homologue este contrato, para que a empreitada, cujo prazo estimado é de dez meses, possa recomeçar.

Igualmente adiada foi a aprovação de um projecto imobiliário do Grupo Espírito Santo num quarteirão entre a Rua Rosa Araújo e a Avenida da Liberdade, depois de os vereadores do PSD terem alegado que a câmara se preparava para perdoar "milhões de euros" ao promotor do edifício de comércio e serviços, por não lhe estar a exigir as compensações devidas por lei. "Admira-nos muito a incapacidade e falta de conhecimento dos vereadores que têm funções executivas na autarquia", observou o social-democrata Vítor Gonçalves sobre o facto de a decisão que ia prejudicar o município ter estado por um triz.»

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A não ida do IPO para a Bela Vista é o melhor seguro para que o Rock in Rio não saia de lá tão cedo, mas entre o IPO ou o RinR prefiro o RinR por respeito para com os doentes do IPO: a zona onde querem implantar o IPO é inóspita, de difícil acesso, sem serviços de restauração e afins dignos desse nome e perigosa. Triste sina a do Parque da Bela Vista.

Wednesday, March 10, 2010

Ser ou não ser

Curioso dilema: RinR vs. IPO. Ou seja, o RinR só vai sair no dia em que entrar o IPO. Triste sina a deste parque, a que não será estranho o facto de ser onde é. Mas não vejo nem vontades nem saberes para se alterar este estado de coisas, antes uma indiferença generalizada pela sina. É triste mas é assim.

Tuesday, March 9, 2010

Câmara analisa ponte prevista no acordo para o Rock in Rio

In Público (9/3/2010)

«A Câmara de Lisboa analisa amanhã a construção de uma passagem ciclopedonal para ligar o Parque da Bela Vista à zona das Olaias, parte da qual financiada com as contrapartidas do festival Rock in Rio.

De acordo com a proposta dos vereadores Nunes da Silva e Sá Fernandes, o preço-base do contrato ascende a 1.389.760 euros (mais IVA), dos quais 800 mil a financiar através das contrapartidas do Rock in Rio. A ponte não deverá começar a ser construída antes do final da edição deste ano do Rock in Rio, que decorre durante os dias 28 de Maio e 6 de Junho. O prazo máximo de construção da ponte é de sete meses, desde a data de adjudicação.

O protocolo que prevê as contrapartidas do festival foi assinado há dois anos e já previa que os 800 mil euros a pagar pelas edições de 2008 e 2010 fossem aplicados na construção desta ponte. Em contrapartida, a autarquia isentou a Better World, que organiza o festival, do pagamento de todas as licenças camarárias e das taxas de aluguer de equipamentos e materiais da câmara. Lusa»

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A verdade é que depois de 2 protocolos escritos e um oral, nunca foi nada cumprido do que lá ficou acordado (vigilância, substituição da vedação, recuperação do edificado, etc.). Percebe-se a oportunidade da coisa numa altura em que a campanha de propaganda à volta da ideia mirabolante do RinR ser "amigo do ambiente" está a dar os seus frutos, como seria de esperar, diz bem desse mesmo sentido de oportunidade em prol de uma renovação de protocolo no exacto momento em que esta edição do RinR é/era/seria, até ver, a última.